Expansão de Mercados Asiáticos: A Nova Fronteira para Marcas de Moda

Com a desaceleração da economia chinesa e a intensificação das tensões geopolíticas, a estratégia de expansão para outros mercados asiáticos torna-se essencial para marcas globais de moda. Países como Índia, Japão e Coreia estão emergindo como hubs estratégicos: enquanto a Índia desponta com moda acessível e um mercado em crescimento – estimado para registrar expansão anual superior a 12% – Japão e Coreia consolidam seu apelo no segmento de luxo e inovação.

Estudos recentes apontados em análises do setor, como os divulgados pelo portal Central do Varejo (​centraldovarejo.com.br), indicam que essa reorientação estratégica tem permitido que marcas se adaptem aos comportamentos regionais e culturais, garantindo maior proximidade com o consumidor final. Um case que ilustra essa tendência é o da H&M. 

Segundo reportagens recentes publicadas por fontes do setor, a empresa reduziu sua dependência da China – passando de aproximadamente 50% para 30% do volume de produção destinado ao mercado americano – ao realocar parte de sua manufatura para países como Índia e Vietnã. Essa estratégia resultou em um aumento de 22% nas vendas na região Ásia-Pacífico entre 2020 e 2024 e contribuiu para reduzir os custos logísticos em torno de 15%.

Essa estratégia de expansão não se limita à redução de custos: ela também visa aproveitar a crescente classe média e as mudanças no comportamento de consumo. Em mercados asiáticos, a personalização e a oferta de experiências diferenciadas – tanto online quanto em lojas físicas – são essenciais para conquistar consumidores cada vez mais exigentes.
Além disso, a diversificação dos centros de produção contribui para a redução dos riscos associados a longas cadeias logísticas e à instabilidade de mercados únicos, criando uma rede mais resiliente e adaptável às variações do cenário global.

Assim, a expansão para novos mercados representa uma oportunidade estratégica para reposicionamento global das marcas de moda.

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