A reconfiguração do comércio global tem sido uma realidade nos últimos anos, especialmente com o retorno de políticas protecionistas durante a gestão Trump. Em 2025, esse cenário impulsiona marcas de moda a diversificar suas cadeias de suprimentos e investir no nearshoring – ou seja, deslocar a produção para países geopoliticamente alinhados e mais próximos dos mercados consumidores.
Conforme destaca o artigo “O varejo de moda em 2025: uma travessia desafiadora” do Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br), a digitalização e a personalização emergem como diferenciais estratégicos. Marcas como Gap, Victoria’s Secret e Ralph Lauren já vêm reduzindo a dependência de China, passando de 21% para 10% das importações provenientes do país – uma estratégia que, segundo especialistas, contribuiu para aumentar a agilidade logística e reduzir custos operacionais.
A Ralph Lauren, outra gigante do setor, realocou aproximadamente 35% de sua produção para países alternativos como Vietnã e Índia. Essa mudança, além de reduzir os custos de produção em cerca de 20%, resultou em um aumento médio de 8% na margem operacional entre 2018 e 2024. Esses números demonstram que, ao diversificar os centros produtivos – prática conhecida como nearshoring –, as marcas não só minimizam riscos associados a instabilidades geopolíticas e tarifas elevadas, mas também ganham competitividade no mercado global.
Além disso, insights do futuro do varejo, divulgados pela KPMG Brasil em “O futuro do varejo: insights da NRF 2025” (kpmg.com), reforçam que cadeias de suprimentos ágeis e integradas são fundamentais para competir em um mercado global cada vez mais volátil. Com a desaceleração da economia chinesa e o aumento dos custos logísticos, investir em nearshoring passa a ser uma alternativa segura para garantir continuidade e resiliência.
Nesse contexto, marcas do setor de moda também estão utilizando tecnologia para monitorar e gerenciar suas operações de forma mais precisa, usando ferramentas de inteligência de dados que permitem ajustes em tempo real. Essa abordagem, combinada com o nearshoring, torna possível reduzir riscos e oferecer produtos com maior rapidez, atendendo à demanda de um consumidor cada vez mais exigente e conectado.
Ao alinhar produção, logística e tecnologia, as empresas não só reduzem custos como também ganham em competitividade, transformando desafios geopolíticos em oportunidades de inovação.
Você estaria disposto a repensar sua cadeia de suprimentos para conquistar maior agilidade e resiliência?