O que é fast fashion e por que o assunto é tão polêmico?

A indústria da moda tem crescido muito e ganhado cada vez mais seguidores. A prova disso é que esse mercado está estimado em U$ 3 trilhões ao redor do mundo, o que representa cerca 2% do PIB global. Parte desse crescimento deve-se ao surgimento da moda fast fashion.

Você sabe o que esse termo significa? Leia esse texto até o final que vamos explicar.

O fast fashion é definido pela produção, consumo e descarte rápido das roupas Foto: Flick

O que é fast fashion?

O fast fashion é definido pela produção rápida e em grande escala das roupas. Uma coleção de moda é lançada e substituída semanalmente. Além disso, o consumo e descarte também são rápidos.

Essas roupas possuem preços acessíveis e garantem que a tendência de moda do momento chegue mais rápido e atinja um grande números de pessoas.

Esse tipo de produção em grande escala teve início no fim do século 18, após a invenção das máquinas de costura. Antes desse período, a produção de cada peça de roupa era feita manualmente, e além da confecção ser mais demorada, também era mais cara.

As marcas europeias Zara, H&M e Topshop foram responsáveis pelo surgimento do termo “fast-fashion” em meados da década de 1990. Essas empresas produziam roupas parecidas com as da alta costura, mas por um preço bem mais acessível.

Mas por que esse assunto é tão polêmico?

Nos últimos anos, muitos pontos negativos do fast fashion foram destacados. O primeiro deles é sobre como esse tipo de comércio afeta negativamente o meio ambiente.

O cultivo do algodão exige o uso de uma quantidade excessiva de água, e os tecidos sintéticos, como o poliéster, são derivados do petróleo.

Muitas vezes são utilizadas tinturas tóxicas que podem liberar metais pesados e prejudicar animais e até seres humanos.

O fato das roupas serem descartadas muito rápido também é um problema. Como existe uma grande necessidade de seguir as tendências o mais rápido possível, muitas peças de coleções passadas são descartadas e geram toneladas de resíduos de tecidos.

Existem também muitos problemas sociais por trás desse tipo de produção. O preço dessas roupas são mais baixos justamente porque a mão de obra também é barata. Como as marcas utilizam mão de obra terceirizada, muitas vezes ela é precária ou até escrava.

Movimento slow fashion

Em contrapartida a todos esses problemas, o movimento slow fashion surgiu e ganhou força. Esse sistema de produção prioriza o consumo consciente, a sustentabilidade e valorização da produção.

Isso significa que as peças são confeccionadas com tecidos orgânicos não prejudiciais ao meio ambiente e com melhor qualidade.

O slow fashion também busca uma maior valorização da moda e das roupas. O uso de brechós, por exemplo, são incentivados e as produções em menor e média escala são priorizadas. Devido às diversas polêmicas, muitas marcas fast-fashion vêm buscando uma melhora nos processos de produção e começaram a utilizar materiais menos poluentes.

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