Slow fashion ou “moda lenta”, em português, vai muito além de uma tendência, é um movimento e um estilo de vida. O termo surgiu nos anos 2000, derivado do Slow Movement (Movimento Lento), que também deu origem ao conceito de slow food (comida lenta) e carrega, principalmente, a essência de conscientização a respeito do consumo desenfreado estimulado pelas práticas do capitalismo.
Em crescente ascensão no mundo da moda, o slow fashion propõe novos modelos de produção que valorizam processos e pessoas, envolvendo mão de obra local e a minimização dos impactos ambientais. Afinal, um dos principais pilares desse modelo de produção é a sustentabilidade. Confira mais sobre o que é slow fashion, a seguir!
Slow fashion: sustentabilidade na moda
Para entender o que é slow fashion, é necessário entender o que é o fast fashion (moda rápida), já que um surge como uma resposta ao outro.
Fast fashion é um termo que foi popularizado ainda nos anos 2000 e é um modelo de produção de moda criado para atender as necessidades dos consumidores de forma acessível e imediata. Com a valorização do bem-estar e do conforto individual, a crescente onda de coleções que duram pouquíssimo tempo e com preços bastante reduzidos teve sua vez com grandes lojas de departamento como, por exemplo, Forever 21, Zara, GAP, Renner e, mais recentemente, Shein.
Segundo Dário Caldas, pesquisador da agência de tendência Observatório de Sinais, isso faz parte do sistema de produção e indústria. “Tudo funciona como se o próprio capitalismo tivesse encontrado na moda a sua fórmula perfeita: mudança contínua, busca permanente do novo, produção acelerada da obsolescência, alternância e sistema cíclico”, diz.
Com peças que utilizam majoritariamente materiais de fibras sintéticas em sua produção, como o poliéster, a indústria da moda fast fashion utiliza cerca de 70 bilhões de barris de petróleo por ano, o que marca a principal diferença entre slow fashion e fast fashion.
Ao contrário de seu conceito antecessor, o slow fashion busca ser mais atencioso em relação ao ciclo de vida das peças produzidas. Da escolha de materiais até seu descarte, tudo é pensado para que cause o mínimo impacto possível no meio ambiente.
Com um viés revolucionário, incentiva a dedicação de tempo em todos os processos para que se produzam peças de qualidade, valorizando o produto e indo contra cadeias de suprimentos complicadas e o consumo desenfreado, além de estimular salários justos para a mão de obra – geralmente local – e zero desperdícios.
Produção lenta, consumo a longo prazo
A produção leva tempo para concluir uma coleção. O processo criativo dos designers, a escolha de tecidos, o trabalho braçal da mão de obra e outras etapas do slow fashion, acumulados, equivale a várias coleções fast fashion, que se renovam a cada mês e, quiçá, a cada semana, como é o caso da Shein, que traz milhares de novas peças diariamente.
Como consequência, seria impossível responder às demandas desse público específico, ansioso por novidades. Assim, é comum que o slow fashion combine as práticas da marca com os hábitos de compra de seu público-alvo, já mais engajado com causas sociais e ambientais e crie peças duráveis e que estejam além das tendências, demandando criatividade, estudo e visão apurada sobre a moda.
Dessa forma, o slow fashion geralmente adota visuais mais minimalistas e atemporais, acatando cortes que minimizam o desperdício de tecido e cores mais neutras, como branco, preto, cinza e azul marinho, resultando em peças que podem ser utilizadas em qualquer época do ano e são independentes de tendências imediatistas.
Quer saber mais sobre o mundo da moda e o slow fashion? Vale dar uma olhada no perfil da CIO da U.Mode, Anay Zaffalon (@anayzaffalon) no Instagram, que produz muito conteúdo sobre o assunto. Ela já trabalhou para celebridades como Angelina Jolie e Lady Gaga e possui uma trajetória rica na moda, com experiência nacional e internacional.
“A moda lenta trabalha para a criação de produtos que durem no tempo e que estejam além das tendências. Eu adoro pensar no famoso Trench Coat da Burberry, um produto criado há mais de 150 anos que continua útil, atual e durável. Um investimento para deixar de herança”, afirma Anay Zaffalon.
Definições de especialistas na área
Para trazer uma pluralidade maior no conceito de slow fashion, a CIO da U.Mode, Anay Zaffalon, separou o depoimento sobre a visão de outros órgãos e especialistas sobre o assunto.
“Slow fashion é a reação generalizada ao fast fashion. É atencioso, intencional e holístico. É também um argumento para pisar no freio na produção excessiva, cadeias de suprimentos complicadas e consumo desenfreado”, afirma a comunidade @thegoodtrade, que atua em prol da sustentabilidade e slow living.
“Slow fashion representa todas as coisas “eco”,“éticas” e “verdes” em um movimento unificado. A ‘abordagem lenta’ intervém como um processo revolucionário no mundo contemporâneo, porque incentiva a dedicação de tempo para garantir uma produção de qualidade a fim de dar valor ao produto e contemplar a conexão com o meio ambiente”, defende a organização sem fins lucrativos @theslowfactory.
“Slow fashion é o movimento de projetar, criar e comprar roupas atemporais e de qualidade. Encoraja cronogramas de produção mais lentos, salários justos, menor emissão de carbono e (idealmente) desperdício zero”, diz a marca de moda contemporânea que oferece estratégia de sustentabilidade, fornecimento de têxteis e consultas de fabricação, @studyny.
Organização e motivação
No processo de produção de peças que seguem o método do slow fashion, é essencial ter um propósito bem estabelecido em mente.
“É necessário ser comprometido e engajado com a sustentabilidade e a cidadania, porque é um segmento que exige que as pessoas vejam verdade em seus valores. Sem contar que é preciso bastante propósito – diferentemente de outras áreas da moda, não há glamour nenhum em encarar uma pilha de retalhos”, comenta um dos fundadores do Coletivo de Dois, empresa de slow fashion goiana que atua em São Paulo atualmente.
Para que um bom trabalho seja feito, também é necessário ter muita organização, e a U.Mode surge como uma solução. A plataforma PLM (Product Lifecycle Management, ou gerenciamento de ciclo de vida de produto) é desenvolvida especialmente para profissionais de desenvolvimento de produtos de moda.
Com o conceito de “quadro em branco” para dar liberdade de criação, a U.Mode conta com:
- Fichas de desenvolvimento
- Técnicas e de custo
- Mapa de coleção automatizado
- Relatório de mix de produtos e árvores de preço
- Workflow personalizável
- Listagem e atribuição de tarefas e muitas outras funções que auxiliam no desenvolvimento de coleções inteiras com muito mais facilidade e organização.
“Enquanto slow, ético e sustentável representa os esforços em direção a uma meta aspiracional – repensar nossa relação com as roupas – o slow fashion (moda lenta) combina as práticas da marca com os hábitos de compra do cliente”, diz Anay Zaffalon.
Além de tudo, ao digitalizar o desenvolvimento de suas coleções, a U.Mode permite o acesso de qualquer dispositivo com acesso à internet, possibilitando a melhora da gestão e da eficiência de sua coleção de moda de maneira mais prática e rápida. Saiba mais em nosso perfil do Instagram @umode.app ou entre no site.
Agora que você aprendeu a diferença entre slow fashion e fast fashion, que tal colocar em prática a sua tão sonhada marca de slow fashion? A U.Mode facilita os processos para você organizar tudo e deixar as criatividade fluir!